Tenho que iniciar esse post
contando como resolvemos nosso probleminha de acomodação, pois tínhamos apenas
duas noites no “Hotel Le Florus” que já haviam se esgotado. Quando a Verônica e
o Leandro chegaram à cidade, pedimos a eles que perguntassem em seu hotel, o
“Grand Hotel”, se havia vaga disponível para nós. Por acaso havia, e o preço
estava de acordo com o que pretendíamos pagar, na verdade até mais barato do
que o “Le Florus”, com serviço diferente, obviamente. Decidimos nos hospedar
lá, pelo preço e pela facilidade de estarmos no mesmo local que nossos amigos
(também porque não queríamos outra maratona atrás de hotel). Problema
Resolvido.
Após dois dias literalmente
“camelando” (como é bom “camelar” a
turismo!) por Paris, nosso roteiro nos proporcionava um dia mais light. Quando
estava escrevendo o título deste post pensei: “Como pode ser mais light com
tantos lugares para visitar?”, mesmo assim nosso dia foi mais tranquilo e mais
descontraído, pois a maioria desses lugares era uma sequência de ruas onde
pudemos visitar e comprar. Paramos para comer uns sanduíches e pose para a
foto.
Nosso primeiro local do dia
era a Ópera Garnier, mas devido ao extremo cansaço de dois dias caminhando com
botas desconfortáveis, resolvemos ir às compras antes. Visitamos alguns outlets
e lojas bem luxuosas. Até nos outlets os preços não são dos mais convidativos,
mas para quem conhece de marcas (não é o meu caso) é possível perceber que o
desconto é considerável. Eu ainda estava à procura de um tênis confortável e, a
Verônica em busca de uma bota que ela sabia ser confortável também. Quando
enfim encontramos o que precisávamos, havíamos percorrido quase todas as ruas
de compras do nosso roteiro.
Hausmmann,
Fauborg e Saint Honoré
Passamos pelo Boulevard
Hausmmann, pela Rua Fauborg Saint Honoré e pela Rua Saint Honoré. Todas essas
são famosas por lojas de luxo e outlets de marcas famosas. Passeando por elas
pudemos encontrar também uma das Galerias Lafayette, conhecida loja de
departamentos francesa cuja sede, a que visitamos, tem 10 andares. Vimos tantas
lojas da Louis Vuitton, Seffa, Chanel, Vogue Calvin Klein, etc., que parecia
lojas Renner e C&A (tinha uma C&A também). Passamos por algumas com
preços bem acessíveis e produtos bem interessantes, mas estávamos com cota de
bagagem e dinheiro um pouco restritos. Resolvemos comprar somente essencial (no
momento o meu tênis).
Ao contrário do que eu (e
acho que a maioria das pessoas) pensava, perfume francês não é mais barato na
França. No ano passado fui ao Paraguai e comprei muitos perfumes originais em
lojas confiáveis. Quando chego à França esses mesmos perfumes são mais caros lá
do que fora. Acabei voltando para casa sem nenhum. Talvez tenha sido o local
que eu estava que elevou os preços, mas não vi nenhum outro com preços
melhores.
Ópera
Garnier
Saindo das ruas de compras,
fomos conhecer a Ópera Garnier. O edifício é considerado uma das obras-primas
da arquitetura de seu tempo. O palácio era comumente chamado apenas de Ópera de
Paris, mas, após a inauguração da Ópera da Bastilha, em 1989, passou a ser
chamado com o nome atual. O lugar é realmente lindo. A entrada no saguão é
gratuita, mas para visitar o interior é necessário pagar. Resolvemos conhecer
apenas o saguão, afinal de contas, tínhamos outras atrações nos esperando.
Saindo da ópera paramos para
o almoçar a típica comida francesa, pois não queríamos sair de lá sem prová-la.
Paramos em um restaurante próximo (infelizmente não consigo recordar o nome) e
fizemos o pedido. Não tínhamos muita certeza do que iríamos comer, pois com o
cardápio em francês só pudemos acreditar no garçom. Ele nos indicou um prato
informando que servia duas pessoas e vinha carne. Pedimos duas porções,
acompanhadas de um vinho também indicado pelo garçom. A comida era saborosa,
mas nada diferente do que conhecemos no Brasil: carne de costela cozida com
batatas, cenoura e pimentão. O mais diferente é que não vinham acompanhamentos
além do pão. E definitivamente não alimentava duas pessoas.
O diferencial ficou por
conta do atendimento, que foi excepcional. Senti-me muito importante, com o
garçom servindo-me o vinho, preocupado todo momento com a minha satisfação.
Essas coisas a que não estou acostumada no Brasil, mesmo quando vou a algum
restaurante mais requintado.
Praça
Vendôme
Saindo de lá fomos conhecer
a Praça Vendôme, que não é exatamente uma praça. É um espaço vazio formado no
encontro de joalherias e relojoarias de luxo, como Rolex. No centro desse vazio
foi colocado um monumento e ao redor deste as ruas por onde circulam os carros.
Vimos relógios que giravam em torno dos 200 mil euros (550 mil reais). Ficamos
um tempo por ali e descansamos as pernas (é realmente bem cansativo caminhar o
dia inteiro, mas se andarmos apenas de metrô acabamos não conhecendo a cidade,
não é mesmo?).
Igreja
da Madelaine
Saindo da Praça Vendôme
fomos em direção à Igreja da Madelaine, uma igreja católica consagrada à Santa Maria Madalena. Sua
construção começou próximo ao ano 1764, sendo logo retomada em 1777. Durante a
Revolução Francesa, as obras foram suspensas de 1790 a 1805. Em 1806, por conta
da tendência anticlerical da época, se transformou em um templo em homenagem ao
Grande Exército, função que desempenhou até a construção do Arco do Triunfo,
que a substituiu nessa função.
Fiquei impressionada com a
beleza e riqueza de detalhes do interior e exterior da igreja. No entanto, ao
mesmo tempo em que é bonita, considero igualmente assustadora e fria. É enorme
e cheia de esculturas. Fico pensando que cada uma das esculturas tem um
significado e que pode haver criptas ou passagens secretas em seu subterrâneo.
Impressiona também a riqueza de detalhes de cada escultura, dos tetos e
laterais, de tudo. Eu certamente não gostaria de estar sozinha à noite no
interior de nenhuma dessas igrejas.
Saindo da Madelaine resolvemos
tomar um sorvete, pois ainda era cedo para o nosso último passeio do dia. Fomos
a uma conhecida sorveteria que, para nós brasileiros é praticamente
inacessível, mas aqui na Europa é acessível a qualquer das classes sociais, o
“Haagen-Dazs”. Pedimos um combinado de fondue de chocolate com sorvete, frutas
e doces. O sorvete é realmente delicioso.
Saímos de lá e fomos
caminhando ao encontro da Torre Eiffel, pois era de lá que sairia o nosso
esperado passeio de barco. Era por volta de 9 da noite, começando a anoitecer e
quando estávamos quase chegando ao barco as luzes da torre se acenderam. Foi
lindo!
Passeio
de Barco pelo Rio Sena
O passeio de barco é lindo e
extremamente romântico. Existem vários locais onde é possível iniciá-lo. No
nosso caso, escolhemos uma empresa que a partida fica próxima à Torre Eiffel.
Quando estávamos prestes a partir, ela nos brindou com um show de luzes
maravilhoso.
O passeio segue em direção à
Ilha Cité, contando a história dos monumentos à margem do rio, chegando até à
Catedral de Notre Dame, onde contorna a ilha e retorna o trajeto. Sua duração é
em torno de 40 minutos.
Escolhemos fazer o passeio ao entardecer, pois poderíamos tirar algumas fotos com o dia ainda claro e nos deliciar com a beleza da cidade iluminada, incluindo a espetacular Torre Eiffel.
Após o término, fizemos mais uma visita à Torre Eiffel, dessa vez iluminada, e fomos descansar.