Decidimos Ficar Só mais um Pouquinho...

Decidimos ficar mais um ano em Dublin, viver mais algumas experiências e esgotar todo o nosso desejo de morar aqui.

Em dezembro estávamos muito em dúvida quanto a irmos definitivamente embora ou ficarmos, mas enfim decidimos.

Fomos ao Brasil em Janeiro e tenho que admitir que não foi fácil voltar. Se não tivéssemos deixado a escola e o visto pagos, provavelmente não teríamos vindo. 

Pude acompanhar o final da gestação de minha irmã caçula, pude ver o nascimento da minha sobrinha linda (sim, sou uma tia muito coruja), pude me inteirar de todos os casos e causos da família, pude frequentar a casa de muitos dos meus (coisa que ironicamente fazemos pouco quando moramos perto), pude resolver pendências que esperavam por mim.

Encontramos todo aquele amor que sentíamos falta e que amigo nenhum pode suprir. Encontramos muitas oportunidades e finalmente estávamos em casa. Mas ainda sentíamos que havia algo a ser feito em terras distantes, então decidimos retornar.

Agora seguimos em Dublin (o marido também veio, é claro), essa cidade que aprendi a chamar de casa, mas que ainda não posso chamar de lar. Cidade que é cheia de diferenças encantadoras e semelhanças assustadoras. Cidade que aprendi a amar e a respeitar, mas que ainda não consegue me segurar. Agora sigo com uma luz no fim do túnel, tentando aproveitar ao máximo cada um dos meses que me restam antes do retorno definitivo ao meu verdadeiro lugar.

Montei um vídeo super fofo que resume nosso último ano e nossa viagem ao Brasil para matar as saudades! Espero que gostem. =D

Para Assistir Clique Aqui (Não Consegui Colocar direto no Blog)

O Começo! O Sonho de uma Viagem!

Pessoal, estou escrevendo porque prometi para a família que iria fazer um blog com o diário da minha viagem... No fim das contas, está indo pra dois meses que cheguei aqui e nenhuma postagem... Eu sei... estou em falta... por isso resolvi começar pelo melhor lugar... Do começo!

Tudo começou com uma demissão mais do que desejada (calma, já explico isso). Estava eu trabalhando em uma empresa onde já não satisfazia meus interesses... Estava muito triste, mas tinha decidido que não ira pedir a conta... Era muito tempo pra jogar fora... No fim das contas não estava bom para mim nem pra eles, e acabou que me demitiram... Fiquei muito feliz com isso (pode parecer despeito... mas juro que não eh... fiquei realmente feliz!), mas também um pouco sem rumo... Já não estava muito satisfeita com a rotina que eu estava vivendo... Na faculdade as coisas iam de mal a pior (faltando um ano para me formar eu aproveitava cada vez menos as aulas, porque estava física e mentalmente cansada)... A rotina não poderia ser pior... De bom só o maridão e a família, que sempre me deu o apoio que precisei.

Enfim... Um dia, já deitada e no escuro, comentei com o marido que a minha vontade era colocar uma mochila nas costas e sumir no mundo, sem lenço, sem documento e sem destino (claro que foi um eufemismo, mas às vezes é necessário pra se fazer entender)... A conversa acabou aí... Fomos dormir. No Dia seguinte ele veio com a ideia do intercâmbio, pra estudar inglês. Falou para eu procurar as melhores opções para eu ficar seis meses e ele me acompanharia durante dois meses (férias a que tinha direito no trabalho). Eu disse pra ele (claro) que sozinha eu não iria... Começamos a confabular (levou um pouco de tempo... umas duas semanas em média) e decidimos que os dois iriam partir pra um novo desafio. Ele conversou no trabalho e conseguiu uma licença e eu que já estava desempregada não tinha nada me impedindo...

Pesquisa vai pesquisa vem, decidimos que era a Irlanda nosso destino! Iríamos para Dublin! Lugar com um bom preço das escolas de inglês, custo de vida relativamente baixo e ainda nos proporcionava a possibilidade de conciliar estudo e trabalho.

Pronto! Depois disso foi correr atrás de conhecer todos os detalhes que envolviam a viagem: passaporte, comprar o pacote com a escola, agendar acomodação, conhecer os costumes e um pouco da história do local, comprar euros... enfim, toda a burocracia necessária para tal.

Além de tudo isso, e o que eu considero que foi o mais difícil, arrumar mudança para desocupar o apartamento em que morávamos e conseguir um lugar para acomodar nossas coisas. Graças a Deus temos uma tia e um tio maravilhosos que nos permitiram guardar em sua casa, que tinha o espaço disponível.

Pronto! Tudo arrumado (Ufa...)! Agora é só viajar...