terça-feira, 30 de abril de 2013

Paris 5º Dia (10/Abr/2013) – Ilha de la Cité, Notre Dame, Praça des Vosgues e Centre Pompidou

Saímos para nosso “último” passeio em Paris com as malas prontas para a viagem, que seria logo após. Note que a palavra “último” está entre aspas. Foi proposital. Utilizei essa expressão porque ao fim dos passeios do dia iríamos pegar o ônibus em direção à Londres.

Quando chegamos à Ilha de Cité, resolvemos tomar um café da manhã. Após isso caminhamos até chegar à Catedral de Notre Dame.

A Catedral de Notre Dame
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. A construção iniciada em 1163 é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (por isso o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na pequena Ilha de la Cité.

Durante o espírito do romantismo, Victor Hugo escreveu, em 1831, o romance “Notre-Dame de Paris”, O Corcunda de Notre-Dame. Situando os acontecimentos na catedral durante a Idade Média, a história trata de Quasimodo que se apaixona por uma cigana de nome Esmeralda. A ilustração poética do monumento abre portas a uma nova vontade de conhecimento da arquitetura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame de Paris.

Chegamos à catedral sob chuva, o que não nos impediu de tirar muitas fotos. Quando resolvemos enfim encarar a entrada, fomos grosseiramente saudados com a notícia de que não poderíamos entrar na catedral portando malas e, que eles não possuíam um guarda-volumes. Resolvemos (o Edigar e eu) que um ficaria com as malas do lado de fora e o outro entraria. Isso tornou nossa visita mais rápida do que imaginávamos e não nos fez cogitar a ideia do tour, pois teríamos que fazê-lo separados e levaria o dobro do tempo.

O interior da igreja é muito bonito, como não poderia deixar de ser. Tem uma decoração um pouco mais pesada do que as outras que visitei, mas igualmente bonita. Os vitrais coloridos então nem se fala. O exterior é bem diferente, possui tantos detalhes que é praticamente impossível observar todos. Mais uma vez me peguei pensando no significado de cada uma daquelas esculturas.






A Praça des Vosgues
Saindo da catedral, caminhamos por ruas repletas de galerias de arte até a Praça des Vosgues. É uma praça muito charmosa, situada no bairro Marais, uma das mais antigas praças planejadas de Paris. É uma praça pequena, com seus chafarizes, monumentos e cercada de prédios de tijolos vermelhos todos da mesma altura. É um lugar realmente encantador.

Originalmente conhecida como a Place Royale, a Place des Vosges foi construída por Henri IV 1605-1612. Uma verdadeira praça (140m × 140m), que encarna o primeiro programa europeu de planejamento da cidade real. Foi construída no local do Hôtel des Tournelles e seus jardins: em um torneio no Tournelles, a residência real, Henri II foi ferido e morreu. A Place des Vosges, inaugurada em 1612 com um grande carrossel para celebrar o casamento de Louis XIII e Ana de Áustria, é o protótipo de todas as praças residenciais das cidades europeias que estavam por vir.





Ao sair da praça, caminhamos em direção ao Museu Centre Pompidou. No caminho passamos pela catedral de Marais, mais uma bonita igreja que não poderíamos deixar de fotografar. Seguindo nosso caminho chegamos ao museu.


O Centro Pompidou
O Centro Georges Pompidou é um complexo fundado em 1977, que abriga museu, biblioteca, teatros, entre outros equipamentos culturais. O projeto foi considerado extremamente arrojado, sendo inserido em um momento de crise da arquitetura moderna, embora tenha sido bastante criticado. 

Alguns teóricos afirmam que o Centro é um dos marcos do início da pós-modernidade nas artes. Sua implantação configura a existência de um espaço público para o qual as suas atividades internas se estendem. Trata-se de um dos principais exemplos da arquitetura high-tech - uma tendência dos anos 1970 e que continua a ser observada até hoje. No Centro Pompidou, isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes, nas escadas rolantes externas e no sistema estrutural em aço.

Foi impossível passar despercebido quando chegamos ao centro. A arquitetura é completamente diferente do restante do bairro, que estávamos vendo desde que saímos da praça. Impressiona o elevador se movimentando na diagonal, as tubulações aparentes. Tudo é muito bonito, mas destoa do restante do bairro de forma tão harmoniosa que fica difícil descrever. Você está caminhando pelas ruas do bairro Marais e de repente tem a sensação de que entrou em uma máquina do tempo, a construção futurista está ali, na sua frente!

Não tivemos tempo para visitar museu, pois havíamos nos perdido na hora nos outros pontos e utilizado o tempo que seria para ele. Só pudemos admirar a construção gigantesca e ficar com uma vontade de retornar para conhecer as obras que conheceríamos ali. Almoçamos ali por perto, nos despedimos dos nossos amigos e fomos em direção à estação onde pegaríamos o ônibus rumo a Londres.



Já na estação, não tivemos atrasos significativos. Fizemos nosso check-in no horário e embarcamos sem imprevistos.


Amanhã (ou ainda esta noite) estaríamos em Londres, a capital inglesa. Até lá! =]

Paris 4º Dia (09/Abr/2013) – Saint German-Des-Prés, Delacroix, Saint Suplice, Luxembourg, Odeon e Pantheon


Nosso dia começou no bairro Saint German-Des-Prés, um charmosíssimo bairro de Paris que ainda preserva a arquitetura mais antiga e possui muitos cafés e galerias de arte. Nosso primeiro destino foi a paróquia Saint German-Des-Prés, que fica em uma praça bem charmosa.











O Museu Delacroix

Saindo de lá fomos caminhando até o Museu Delacroix, criado a partir do apartamento e estúdio do artista Eugène Delacroix após sua morte. 

Infelizmente não pudemos entrar, pois quando chegamos estava fechado.





         A Capela Saint Suplice
Saindo do museu, fomos caminhando até a Capela Saint Suplice, a segunda igreja mais alta de Paris.

A atual igreja foi edificada sobre os alicerces de um antigo templo românico, que sofreu sucessivas ampliações até 1631. Em 1646 o sacerdote parisiense Jean-Jacques Olier foi encarregado da construção de um novo edifício, cujas obras se estenderam por mais de um século.

O resultado foi um edifício simples, cuja harmonia do conjunto é rompida apenas pelas torres das extremidades, que não são iguais. Há ainda dois trabalhos de Eugène Delacroix na igreja, mais precisamente na capela lateral à direita da entrada: "Jacó lutando com o anjo", e "Heliodoro expulso do templo".

O interior da igreja é grandioso e bonito. Chamou-me bastante a atenção um órgão gigantesco na parte superior da igreja, sobre a entrada. Fico imaginando o som dele quando tocado.

















Museu de Luxembourgo
Após sair da Saint Suplice, nos encaminhamos para o Museu de Luxembourgo, o primeiro museu francês a ser aberto ao público, em 1750. Chegando lá resolvemos que não iríamos entrar e, aproveitar apenas o jardim do museu, que é lindo e possui muitas obras de arte. Além disso, é gratuito.

Mais uma vez fiquei impressionada em ver como as pessoas são admiradoras de arte de todos os tipos na cidade. Pude ver uma moça sentada em um banco lendo um livro, de frente para um belo chafariz. De repente começou a chover. Ao contrário do que eu pensava, e acho que o que seria mais comum, ela simplesmente abriu um guarda-chuva e continuou se deleitando em sua leitura. Achei incrível! Paris realmente transpira arte em cada cantinho.

É um jardim muito bonito, com muitas cadeiras e bancos espalhados por toda sua extensão. Obras de arte delicadamente espalhadas a fim de decorar, harmoniosamente, o jardim o deixou ainda mais bonito. Como muitos dos lugares que visitamos, o jardim estava em obras, mas isso não prejudicou em nada o nosso passeio.






Teatro l'Odeon
Saindo dali, fomos ao teatro Odeon, um dos seis teatros principais de Paris, inaugurado em 1792.

Acho todas essas construções fantásticas. Pensar que um prédio pudesse demorar mais de 300 anos para ser construído. É realmente incrível perceber o trabalho de continuidade, tão difícil de constatar atualmente, onde tudo precisa ser feito para ontem, nada pode esperar. Sem falar no fato de que os políticos raramente terminam o que seu antecessor iniciou.

Continuamos nossa caminhada. Esse dia choveu muito, então tivemos que ir nos protegendo aqui e ali, mesmo assim não tivemos nosso dia comprometido.


O Pantheon
Chegamos ao Pantheon, um monumento decorado com muitas pinturas. Em sua cripta estão os restos mortais de 70 célebres personagens importantes da história francesa. O interior do edifício é realmente muito bonito.

Estava tudo muito lindo até irmos para as criptas. Particularmente não aprecio visitas a cemitérios antigos ou similares. As criptas, em minha opinião é isso. Acho o ar pesado. Não sou claustrofóbica nem nada, simplesmente não gosto de criptas e cemitérios. Ainda mais que caminhando, descobrimos criptas bem recentes, com flores, fotos e velas queimando. Realmente não gostei.

Pois bem, fomos às criptas e quando acreditei que já havia visto o suficiente, sentei-me em um banco com a Verônica para esperar os homens. Quando eles chegaram e, subimos para irmos embora, senti falta do par de luvas que comprara no mesmo dia, horas antes. Fiquei realmente muito chateada, sem falar no Edigar me xingando e esbravejando nos meus ouvidos. A Verônica andou comigo todo o percurso novamente, me ajudando a procurar e nada. No fim perguntamos à um segurança que nos indicou a recepção, onde haviam encontrado e guardado. Final Feliz.










Aí terminava nossos passeios do dia. Voltamos para o hotel, descansamos e nos preparamos para o próximo dia, o “último” do Edigar e meu. Iríamos para Londres no dia seguinte e retornaríamos para mais um dia em Paris, antes de Dublin.