Ao começar nosso 5º dia em Londres percebemos o quão cansados estávamos. Realmente não acredito que eu seja capaz de fazer uma viagem no estilo "mochilão" com duração de um mês em média, pois se uma viagem de 13 dias eu estava me cansando tanto!
Mesmo com o cansaço físico, eu queria muito conhecer os lugares que meu roteiro ainda me indicava, então deixei ele de lado e resolvi que cuidaria do corpo quando retornasse. Saímos para passear!
Russel Square
Começamos
o dia na Russell Square, uma grande praça com jardim em Bloomsbury, no bairro
de Camden. Fica perto da Universidade de Londres e do Museu Britânico. É um
lugar com grande valor histórico, e um cantinho para fugir da agitação diária
da cidade.
Ao
centro da existe uma fonte, construída em 2002 após uma repaginação da praça.
Eu particularmente tive uma impressão ruim olhando para a fonte. Pareceu-me um
bueiro entupido após muitos dias de chuva, sem nenhuma beleza. Mas os jardins
são muito bonitos e a parada foi boa para respirar um ar puro e sentar um pouco
para desacelerar o ritmo.
British
Museum
Saímos
da Praça e caminhamos rumo ao Museu Britânico (British Museum), um dos
principais museus da cidade e, com entrada gratuita.
A
gratuidade, aliás, é um ponto positivo para Londres, onde pude visitar muitos
lugares sem precisar pagar por isso, ao contrário de Paris. A cidade mantêm
museus e galerias gratuitas, com opção de recebimento de donativos, para
incentivar a visitação. Em praticamente todos os museus que visitei, encontrei
grandes grupos de estudantes de todas as idades, acompanhados ou não de
monitores escolares. Isso, em minha opinião, estimula a paixão e a admiração de
arte e aumenta o nível cultural da população.
O
Museu Britânico abriga mais de sete milhões de objetos de todos os continentes,
ilustrando e documentando a história da cultura humana de seus primórdios até o
presente.
É um
lugar enorme, com opções para todos os gostos. Vi muitas coisas relativas à
África que me fizeram rever muitos “pré”-conceitos que eu tinha a respeito. Vi
peças de arte e decoração lindíssimas. Vi cerâmicas de lugares como Oriente
Médio e Ásia, antiguidades e objetos históricos. É um lugar muito rico de
história e cultura.
Saint
Paul Catedral
Do
Museu Britânico fomos em direção à Saint Paul Catedral, um dos lugares mais
visitados de Londres. Foi também nesta catedral que o príncipe Charles,
casou-se com Lady Diana Spencer, em 1981. A cúpula da catedral é a segunda
maior do mundo (só sendo ultrapassada pela Basílica de São Pedro, em Roma) e
dela se tem uma visão ampla de Londres.
Um
parêntesis. Enquanto ainda estávamos em Paris, no dia 08 de Abril, morreu em
Londres a polêmica ex-ministra Margaret Thatcher (que inspirou o filme A Dama
de Ferro). Durante toda a semana, continuando durante nossa estadia em Londres
discutia-se a respeito do funeral e reavivava sentimentos diversos e sobre a
importância dela para o mundo. Estava confirmado que o funeral dela seria na
Catedral Saint Paul e que, como apenas (dos mais recentes) para Winston
Churchill ocorreu, o Big Ben seria parado em sua homenagem e ainda que a rainha
Elizabeth II compareceria.
Quando
chegamos à Saint Paul Catedral havia uma multidão repórteres e pessoas,
lamentando ou comemorando a morte da ex-ministra, nos arredores da igreja.
Mesmo se quiséssemos não teríamos conseguido entrar, tamanha era a aglomeração
naquele momento. Entramos no primeiro acesso e vimos apenas a nave principal da
igreja, que é realmente muito bonita.
Millenium
Bridge
Seguimos
caminhando em direção à Millenium Bridge (Ponte do Milênio), uma ponte suspensa fabricada em aço. Foi inaugurada em 2000,
por isso “Ponte do Milênio”. Foi a primeira a ser construída na cidade desde
que foi feita a Ponte da Torre, em 1894. A ponte fez uma aparição no filme
Harry Potter e o Enigma do Príncipe, quando é destruída pelos Comensais da
Morte no início do filme. Particularmente acredito que em Dublin existem pontes
mais bonitas, mas não posso também desmerecer a beleza dessa.
Tate
Modern
Ao
atravessarmos a Millenium Bridge estávamos de frente para o Tate Modern, um
museu de arte moderna inaugurado em 2000 que já é a terceira maior atração da
cidade.
Foi lá
que conheci obras de Pablo Picasso. Fiquei bem satisfeita, na verdade, por reconhecê-las,
já que caminhando e admirando, parei em frente a uma e fiquei pensando que já
havia visto àquela obra em algum lugar. Veio-me à cabeça as minhas aulas de
arte que a professora tão pacientemente tentava me fazer entender o significado.
No museu
estão expostas obras interessantíssimas e curiosas também. É um lugar com obras
bem diferente das que vi em outros lugares. Faz a mente viajar e tentar
imaginar o que o artista quis transmitir com aquele trabalho. Um lugar
indicadíssimo.
Shakespeare’s
Globe Theatre
Ao
sairmos do Tate Modern passamos em frente ao Shakespeare’s Globe Theatre, um lugar
diversas vezes destruído e reconstruído e, que na última reconstrução recebeu
esse nome devido ao fato de Willian Shakespeare utilizá-lo para representações de
suas peças.
Seguimos
caminhando em direção à Tower Bridge, passando por lugares bem interessantes à
margem do Rio Tâmisa. Não é muito perto, mas o lugar vale a caminhada.
Tower
Bridge
Chegamos
à Tower Bridge, uma ponte-básculante construída sobre o Rio Tâmisa. Foi
inaugurada em 1894
e, atualmente, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, além de ser
conhecida como uma das pontes mais famosas do mundo.
No
fim do século XIX, a parte leste de Londres tinha crescido consideravelmente e
uma nova travessia sobre o Tâmisa se mostrava fundamental para a cidade. Um
comitê foi formado em 1876 para decidir a forma da nova ponte e logo recebeu
mais de 50 sugestões. A opção ganhadora foi a do arquiteto Horace Jones, com um
projeto que consistia numa ponte cuja pista era levantada por duas básculas.
É com
estar um filme ficar tão perto de monumentos e lugares que antes eu apenas
havia visto na televisão. Parecem tão comuns pessoalmente, sem nada de mágico,
mas a sensação é maravilhosa. Nas proximidades há prédios lindos e tão modernos
que eu não diria que são em Londres se não os estivesse vendo. Eles destoam totalmente
dos monumentos e de toda a pompa real, mas acredito que esse seja o charme da
cidade: mostrar que é possível combinar tradição e modernidade num só lugar sem
que eles fiquem duelando entre si. Bem Vindo à Londres!
Achamos
que era o suficiente para o dia. Estávamos bem cansados e resolvemos ir
descansar. Também não será em Londres que iremos conhecer o movimento noturno e
os bares, mas certamente não nos faltarão oportunidades! Até o próximo post! =]
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