Ao
chegarmos a Londres era já por volta das 9:30 da noite do dia 10. Procuramos
uma estação de metrô, compramos um cartão viagem e fomos rumo ao nosso hostel.
O
cartão viagem é uma boa dica para quem vai ficar em Londres por 7 dias (nosso
caso). Compramos o cartão de acordo com a localização do hostel (o nosso ficava
localizado na zona 3). Você pode usar o cartão quantas vezes quiser durante o
dia, começando à 00:00 e terminando às 23:59 de cada dia. Essa opção é mais
econômica do que usar avulso, e quando você estiver indo embora, pode devolver
o cartão em qualquer estação que recebe 5 libras de volta.
Ao
chegar à estação, era a hora de ficar perdida mais uma vez! Fomos caminhando em
uma direção tentando encontrar nosso destino. Perguntamos em um comércio
próximo, corrigimos nossa rota e depois perguntamos a transeuntes que nos
orientaram. Pra dizer a verdade, eram dois rapazes. Um se ofereceu para nos
levar até o local correto, o que nos foi muito útil àquela hora da noite (e nos
mostrou que o povo inglês pode
ser bem simpático, ao contrário do que muito se fala).
Quando
saí de Paris estava bastante apreensiva, devido ao problema que tivemos no
primeiro hostel. Antes de sair de lá enviei um e-mail ao hostel de Londres
solicitando que modificasse nossa reversa para um quarto duplo (inicialmente
estávamos em um quarto compartilhado). Ao chegar ao hostel, felizmente nossa
surpresa foi muito positiva. O local era bem apresentável e em um bairro
igualmente organizado. O quarto era grande e todo o hostel apresentava
condições de higiene e cuidados (o único inconveniente é que eles só poderiam
nos ofertar um quarto com um beliche, mas não foi um problema para nós).
Poderíamos ficar ali todo o período da nossa estadia sem nos preocupar em
procurar outro local. Nos hospedamos no "Hostel No. 8".
Pudemos
enfim nos instalar e descansar, pois no dia seguinte teríamos uma Londres
inteirinha para descobrir!
Museu Imperial da Guerra ( Imperial War Museum)
Pela
manhã, já no dia 11, fomos em direção ao Museu Imperial da Guerra. É um museu
dedicado às memorias das guerras, incluindo a I e II Guerra Mundial. Sempre fui
um pouco “deslumbrada” por conhecer mais a respeito da história das guerras,
lendo livros ou assistindo a filmes, mas ter a oportunidade de conhecer esse
museu me daria a sensação oposta da que senti nos museus de Paris, nesse eu
poderia sentir tamanha é a estupidez humana.
Infelizmente
ao chegarmos ao museu ele estava fechado. Estará em reformas até meados de
julho, mesmo assim vimos uma arma da época da guerra que surpreende pelo
tamanho.
London Eye (Millenium Wheel)
Saímos
em direção à London Eye, também
conhecida como Millennium
Wheel, é uma roda-gigante de observação. Foi
inaugurada em 1999 e é um dos pontos
turísticos mais disputados da cidade. Desde 2006, a roda gigante deixou de ser
a maior do mundo, após a inauguração de uma na China. Atualmente, a maior roda
gigante do mundo fica em Singapura, inaugurada em 2008.
Quando
chegamos à London Eye estava um tempo nublado e cinzento, com nítidas
impressões de que viria chuva em breve. O Edigar me convenceu a voltarmos nos
dias seguintes, quando o tempo estivesse mais propício. Sendo assim fomos ou
outros marcos da Cidade da Rainha. É tudo muito perto do London Eye, o Big Ben,
nosso próximo destino é praticamente na frente.
O Big
Ben, ao contrário do
que muitos pensam, não é o famoso relógio do Parlamento Britânico tão pouco a sua
torre. É o nome do sino,
que foi instalado no Palácio
de Westminster em 1859.
O
prédio do Parlamento seria mais uma construção antiga muito bonita não fosse o
detalhe da sua pintura. Quando estamos perto dele, parece algo em torno do marrom
e amarelo, mas a medida que vamos nos afastando e, principalmente se o sol dá o
ar da graça e brilha sobre ele, o prédio fica dourado, um dourado que é
impossível negar a realeza dessa cidade maravilhosa.
O Parlamento
Britânico por si só tem soberania parlamentar, o que lhe confere poder
soberano sobre todos os outros corpos políticos do Reino Unido e seus
territórios. É encabeçado pelo monarca do reino atualmente a rainha Elizabethl
II. Os dois elementos chave na Política do Reino Unido são a Coroa do Reino Unido e o próprio
parlamento. Os membros do Parlamento, composto por duas câmaras, não podem
fazer parte das duas casas ou trocar de câmara arbitrariamente. Como cargo
histórico, a Coroa ainda é muito poderosa e exerce poder sobre todas as outras
câmaras e partidos podendo até dissolver as câmaras, criar novos tratados,
declarar guerras ou nomear os presidentes das câmaras. O monarca também escolhe
o Primeiro-ministro, que em seguida terá poder sobre as câmaras.
É bastante
confusa essa história de ter monarquia em tempos de globalização e democracia.
Mas acredito que essa é uma das principais razões do charme da cidade, que
transpira realeza e nos faz sentir em filmes e histórias medievais, cheios de luxo.
Abadia de Westminster
Em
frente ao Parlamento Britânico está situada a Abadia de Westminster uma
igreja situada em uma pequena praça bem no centro de toda àquela agitação.
A Abadia de Westminster é uma grande igreja em
estilo gótico na Cidade de Westminster,
sendo considerada a igreja mais importante de Londres e, algumas vezes, de toda a Inglaterra. É famosa
mundialmente por ser o local de coroação do Monarca do Reino Unido.
A abadia foi palco
recentemente do casamento entre o príncipe Willian e a princesa Kate, mas já sediou
outros importantes casamentos reais.
10 Dowing Street
Saindo
dali fomos conhecer a casa do primeiro ministro inglês, a famosa casa na “10
Dowing Street”. Acreditei realmente que fosse ao menos conseguir ver a porta de entrada da casa, mas devido à multidão tentando a mesma façanha que eu e a
quantidade de seguranças no local isso não foi possível. Saí decepcionada para
o próximo local.
Caminhando pelas ruas não pude resistir à tradicional foto no telefone vermelho, tradição londrina.
Churchill Museu e Cabinet War Rooms
Cheguei
ao “Churchill Museu e Cabinet War Rooms”, um dos cinco museus que fazem parte
do “Imperial Museu da Guerra”. Este, especificamente, conta a vida de Churchill
e como ele viveu durante o período que liderou as tropas inglesas contra o
exército de Adolf Hitler, durante a segunda guerra mundial. É possível também
ver como eram os compartimentos, quartos e salas de operações, a história das pessoas
que trabalhavam com ele e detalhes desse período assombroso da história humana.
As
salas de mapas, os telefones, todos os instrumentos utilizados durante a
guerra. Tudo preservado. Além disso, acho que o que mais me impressionou foi a
remontagem de personagens (colaboração do Museu de Cera, “Madame Tussauds”),
anônimos, durante sua rotina de trabalho e depoimentos coletados de como era o
dia a dia, o stress e como ficava seu psicológico.
O que
é possível o ser humano fazer com sua própria espécie em troca de poder... É
assustador. E pensar que atualmente os países possuem muito mais poder de fogo
e que se acontecesse a III Guerra Mundial, nem sei o que seria. Acredito que
acabariam com a raça humana em pouquíssimo tempo. É realmente muito triste
pensar nisso, o mesmo ser humano que constrói coisas tão belas como as obras de
arte pode fazer essas monstruosidades...
Saint James Park
Fomos
aliviar um pouco a alma no Saint James Park, o mais antigo dos oito parques
reais de Londres. Está situado no coração da cidade e está rodeado por alguns
dos monumentos mais famosos do país, incluindo o Palácio de Buckingham, a
Clarence House, Palácio de St. James e Westminster.
O
parque é realmente lindo e muito bem conservado. Possui vários animais que
convivem tranquilamente com os humanos e não são nada ariscos. Estamos no
início da primavera, então as árvores e flores estão começando a desabrochar. Ainda
não estão no auge da beleza, mas não deixam de ser bonitas. Caminhamos pelo
parque, descansamos um pouco os pés e continuamos nosso caminho em direção à
casa da rainha.
Não estava
no nosso roteiro passar para ver a troca da guarda, mas tivemos uma grata
surpresa quando estávamos indo em direção ao Palácio de Buckingham. Havia um
grupo de “aprendizes” realizando algum tipo de treinamento para a troca da
guarda. É realmente bem bonito o sincronismo e disciplina com que fazem todos
esses procedimentos. O melhor de tudo é que a grade estava vazia e pudemos assistir
de camarote. Aos poucos foi chegando bastante gente, mas já estávamos em um
lugar privilegiado. Não foi o oficial mas já valeu.
Enfim
chegamos ao Palácio de Buckingham, a residência oficial do monarca britânico, a
rainha Elizabeth II. Somado ao fato de ser a residência de rainha Elizabeth II,
o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as
visitas oficiais de chefes de estado ao Reino Unido, e uma grande atração turística.
Tem sido um ponto de religação para o povo britânico em momentos de grande
alegria e de crise. No entanto, não é admirado por todos, pois foi votado como
o quarto prédio mais feio de Londres em Março de 2005, uma injustiça, em minha opinião.
Em frente
ao palácio possui uma pequena praça, em homenagem à rainha Victória. O local é
repleto de turistas de todos os lugares do mundo. As ruas em frente à ele são
vermelhas e o tráfico é bloqueado para automóveis, exceto (eu acho) para os tradicionais e charmosíssimos taxis pretos londrinos.
A caminho do hostel, não satisfeito com o Museu do Louvre (onde ele encontrou um quadro de um pintor com nome e apelido dele), o Edigar encontrou uma farmácia com o nome dele. Mas é um metido mesmo, hehe.
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