domingo, 13 de abril de 2014

Minhas Andanças - Pisa, A Cidade da Torre Torta

Pisa certamente era uma das cidades que povoavam os meus sonhos quando se falava em viajar pela Europa. A famosa “Torre Pendente de Pisa” (a Torre Torta) é um símbolo conhecido mundialmente e como não podia deixar de ser, despertou meu interesse.

Ao montar o roteiro programamos apenas um dia para ficar na cidade, pois já havia lido alguns posts que diziam não ter muitas atrações por lá.

A Torre de Pisa é um dos grandes símbolos de Itália e, começou a ser construída em agosto de 1173, como parte da catedral da cidade, e só ao fim de quase 200 anos, em 1350, ficou pronta, mas respeitando o projeto inicial, cujo autor é desconhecido. A torre foi construída para abrigar o sino da catedral de Pisa, mede 54,5 metros e pesa cerca de 14,5 toneladas.

O monumento fica situado na Praça dos Milagres e tem um elevado valor histórico, às vezes esquecido devido à particularidade de ser inclinada. Uma característica desta torre é o fato de não ficar colada à fachada da catedral, ocupando antes um espaço destacado e isolado na praça.

Ainda durante o processo de construção, quando a obra ia ao terceiro andar, começou a surgir a inclinação que viria tornar a torre mundialmente famosa. Logo nessa época, começaram a ser efetuadas reparações para corrigir a inclinação. Os quatro andares seguintes foram construídos com uma altura maior para compensar, mas o peso excessivo levou a um afundamento maior das estruturas. Mesmo assim, no passado chegou a pensar-se que a inclinação era propositada e fazia parte do projeto. Estudos feitos entre 1550 e 1817 revelaram o crescimento da inclinação em cinco centímetros. A partir de 1838, logo após ser feita uma série de intervenções no solo, a inclinação da torre progrediu cerca de vinte centímetros. Passados uns anos, a progressão da inclinação estabilizou em cerca de um milímetro por ano. Finalmente, em Janeiro de 1990 a torre foi fechada ao público para que se tomassem medidas que definitivamente travassem a inclinação através de intervenções no subsolo. As obras de reparação ficaram concluídas em 2001 e a torre reabriu ao público em 15 de Dezembro.

Ao chegarmos em Pisa, após nos estalarmos em nosso hotel e largarmos nossa bagagem, estávamos ansiosos para ver a Torre, mas estávamos com muita fome também. Sendo assim pedimos ao nosso anfitrião (o recepcionista e dono do hotel) uma indicação, que por sinal foi aprovadíssima. 

O lugar era adorável e a comida muito boa. Com a ajuda de um GPS um pouco descalibrado seguimos então em direção à ela, a Torre. Pelo caminho, apesar de nesta ocasião já estar escuro, pudemos ver vários locais interessantes, pontes, igrejas e uma cidade bem simpática.

Encontramos finalmente um dos monumentos dos nossos sonhos... Tenho que admitir uma pontinha de decepção... Sempre achei que a Torre fosse enorme e, quando lá cheguei encontrei uma construção relativamente pequena, bonita e interessante, é verdade, mas ainda assim menos impressionante do que eu havia esperado. Após confidenciar isso à Sônia, minha cunhada, cheguei à conclusão de que eram as minhas expectativas que estavam grandes em demasia...

Caminhamos pela praça, vimos a catedral e o batistério, situados na mesma praça. Pudemos ler sobre a história do local sem o tradicional amontoado de turistas que ficam por lá durante o dia. Após toda essa caminhada, seguimos em direção ao hotel, para enfim descansarmos.

Dia seguinte, descansados, café da manha incluso na diária do hotel (maravilha!) e seguimos rumo à Torre de Pisa. Já durante o dia, pudemos prestar atenção em detalhes ocultados pela noite. A cidade é uma graça e seguimos sem pressa para apreciar cada viela e as ruas de comércio especialmente preparadas para os turistas.

É curioso como as cidades do mundo inteiro maquiam seus “problemas” e chamam a atenção para algum lugar específico. Ao sair da rota mais tradicional, onde fica a rua de comércio e restaurantes turísticos, passamos por becos cheirando urina e casas bem mal conservadas. Em Curitiba, minha cidade por escolha, sempre fiz críticas ao fato de alguns lugares serem largados ao total descaso enquanto os locais mais turísticos são exaustivamente explorados e mantidos para “inglês” ver. Agora posso dizer que isso acontece em todos os lugares.



  


  
Passamos pela Ponte Solferino e pelo Rio Arno, onde acontecia uma feira ao ar livre com muitos produtos sendo ofertados. Pudemos encontrar de roupas à comida por preços variados. Vimos simpáticas construções, como uma igrejinha às margens do rio, a universidade de Pisa e outras construções históricas. Seguimos nosso caminho, passamos por um grande muro (que imaginamos ser o antigo muro da cidade) e passamos pelo portal que levava à Torre.









Com a luz do dia e o sol brilhando, as belezas da praça e das construções ficaram ainda mais evidentes. A torre, apesar de ainda não me impressionar, é realmente uma construção bem interessante, tanto no que diz respeito à sua história quanto à inclinação. A catedral e o batistério são igualmente interessantes e as construções, grandiosas, como não poderiam deixar de ser.







O dia estava muito quente e o sol brilhava. Ainda tínhamos muito tempo até o horário do nosso próximo trem e o calor já tinha nos causado o cansado. Resolvemos que seria ali, na praça, à sombra da Torre de Pisa, que tiraríamos nosso descanso. Passamos uma agradável tarde, sentados na grama, à espera do horário do nosso trem. 








Ah!! Sabe aquela famosa foto de turista tentando segurar a Torre? Nós até que tentamos.... hahahah


Após isso, comemos alguma coisa (comi chocolate e muito sorvete - é impressionante como o sorvete italiano é delicioso e, é claro, refrescante), pegamos nossas malas e seguimos rumo à Florença. Foi nesse momento que resolvemos parar em um restaurante indiano (por livre e espontânea pressão).

Tenho que fazer um parêntesis aqui. Sou uma pessoa bastante resistente a provar comida de novos locais. Admito que pode ser por preconceito, mas o fato é que se a comida não me agradar aos olhos e ao olfato e, principalmente se o lugar não me parecer higienizado, não consigo me imaginar comendo. Em relação à  comida indiana, não me agrada o cheiro do curry e sempre tenho a impressão de que o lugar não está suficientemente limpo.

Como não conhecíamos a comida, o Edigar resolveu pedir uma comida chamada "Samossa" (não sei se é assim que se escreve) porque ele escutou o nome dessa comida em uma novela que costumávamos assistir (Caminho das Índias). Ao chegar, pensando que era uma refeição ele foi surpreendido com uma espécie de "coxinha" gigante, enquanto que o Di (meu cunhado) pediu um Quebabe e foi surpreendido com uma super refeição. Diversão do nosso almoço!




Nossa viagem estava apenas no começo, não podemos desanimar! =D



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