
Agora já descansados, do
passeio do dia anterior e do stress do hotel, acordamos e seguimos rumo ao
Museu do Louvre.
O
Museu do Louvre
O Museu do Louvre é um dos
maiores e mais visitados do mundo. Fica localizado no centro de Paris, praticamente
no centro de todos os pontos turísticos mais visitados da cidade. É onde se encontra a Monalisa, a Vitória
de Samotrácia, a Vénus
de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito
antigo, da civilização greco-romana, artes
decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa.
O
prédio do Louvre já passou por uma série de transformações.
Foi palácio, sede do governo e aos poucos, ala por ala, foi se transformando em
museu. A última, e mais controversa, transformação foi a construção da
pirâmide de vidro que está no centro do pátio e outra invertida que desce do
teto ao encontro de seu espelho no chão. No pátio existem três pirâmides menores, além da principal, que
foi construída para ser mais um aceso ao público, que estava saturado até o
momento com as entradas existentes. A pirâmide invertida foi construída para
melhorar a iluminação no local. O projeto é controverso porque muitos alegam que
é futurista demais, e não combina com a arquitetura do museu. Eu, particularmente
acho linda, fantástica!
Quando
saímos da estação de metrô, estava acontecendo uma maratona bem na rua que dava
acesso ao museu. Esperamos alguns minutos e fomos nos esgueirando e desviando
dos atletas até conseguir atravessar a rua. Quando cruzamos o corredor que dava
acesso ao pátio central pude avistar a imponente pirâmide de vidro que só havia
visto nos filmes. E também um dos marcos da famosa “Linha Rosa”.
Fui
rapidamente para o fim da fila e, quando cheguei havia uma placa indicando o
tempo de espera a partir daquele ponto: 1 hora! Até desanimei, mas vamos lá,
estamos aqui para isso mesmo né.
Quando planejei o roteiro, propositalmente coloquei o Louvre no nosso segundo dia por uma simples razão: dia 07 de Abril era o primeiro domingo do mês, e no primeiro domingo do mês a maioria dos museus possuem entrada gratuita em Paris, incluindo o Louvre. Acredito que por essa razão havia um número de pessoas tão grande (ou seja sempre assim mesmo... como vou saber não é mesmo?). Mas também por ter a entrada gratuita esse dia, com menos burocracia na compra de bilhetes, ficamos em torno de 20 a 30 minutos na fila, fizemos os procedimentos obrigatórios no detector de metais e entramos.
Quando planejei o roteiro, propositalmente coloquei o Louvre no nosso segundo dia por uma simples razão: dia 07 de Abril era o primeiro domingo do mês, e no primeiro domingo do mês a maioria dos museus possuem entrada gratuita em Paris, incluindo o Louvre. Acredito que por essa razão havia um número de pessoas tão grande (ou seja sempre assim mesmo... como vou saber não é mesmo?). Mas também por ter a entrada gratuita esse dia, com menos burocracia na compra de bilhetes, ficamos em torno de 20 a 30 minutos na fila, fizemos os procedimentos obrigatórios no detector de metais e entramos.
Foi
magnífico entrar ali. Senti-me literalmente no filme “O Código Da Vinci”.
Fiquei um pouco desorientada por alguns momentos e consegui localizar a mesa
onde era possível retirar o mapa do museu. Para minha surpresa havia em
Português. Peguei um e saí para aproveitar o museu.
No
roteiro, eu havia estabelecido uma sequência para que fosse possível ver as
principais obras do museu. Foi muito bom, porque vi as principais e depois pude
me encantar com as outras sem me preocupar com o tempo. O próprio mapa do museu
vai orientando e indicando as principais obras de cada ala e sala. Depois de
ter visto a Monalisa, Vênus de Milo e Vitoria de Samotrácia, pude me encantar
com tudo que via pelo caminho. Vou contar um pouquinho sobre elas apenas, por
serem as “principais”.
A Monalisa
A
Molalisa (também conhecida como Gioconda) é a mais notável e conhecida obra de
Leonardo da Vinci. Sua pintura foi iniciada em 1503.
O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco
tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador.
O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Este
quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o
quadro mais famoso e valioso de todo o mundo. Poucos
outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos,
elogiados, comemorados ou reproduzidos.
A Vênus de Milo
A
Vênus de Milo é uma estátua da Grécia Antiga. A história de sua descoberta em 1820 na
ilha de Milo e a forma como
perdeu os braços, foram narradas pelas fontes primitivas em versões
contraditórias que nunca puderam ser de todo esclarecidas. É hoje uma
das estátuas antigas mais conhecidas do mundo. Sua autoria e datação permanecem
controversas, mas formou-se um consenso de que seja realmente uma obra
helenística que, no entanto, recupera elementos clássicos, e às vezes é
atribuída a Alexandros de Antióquia.
A Vitória de Samotrácia
A
Vitória de Samotrácia, também conhecida como Nice de Samotrácia, é uma escultura que
representa a deusa grega Nice. Produzida por algum escultor
desconhecido, provavelmente rodiano, acredita-se que a estátua foi
confeccionada entre 220 e 190 a.C.. Mesmo com danos significativos e estando
incompleta, é considerada uma das grandes sobreviventes do período helenístico.
Apesar de sua estrutura maciça, apresenta-se deslizando suavemente, cortando o
vento. Mostra maestria na forma e no movimento, que impressionou críticos e
artistas desde sua descoberta. É particularmente admirada por seu naturalismo e
pela fina realização dos drapeados.
Do
chão ao teto, é tudo pensado dentro do museu. Cada ambiente que você entra é
decorado de acordo com as obras existentes no local. É simplesmente um deleite
estar num lugar daqueles. Cada escultura linda, com tanta perfeição, os tetos
delicadamente decorados. As telas então nem se fala, retratando história, o
cotidiano em outros tempos, a moda, a arquitetura... tanta coisa. Os artefatos
que nos contam como era a vida de nossos antepassados, como puderam fazer tudo
aquilo? Com tanta perfeição! É tão incrível.
Eu
achava que o Edigar iria ficar extremamente entediado lá dentro. Ele havia
gostado do D’Orsay, mas não posso afirmar que tanto quanto eu. Agora, no
Louvre, posso afirmar pelo que vi, que ele se apaixonou. Mas era impossível não
se apaixonar por um lugar assim, tão encantador. Até encontramos uma obra cujo pintor tem o nome e apelido dele, Edgar Degas (o nome do Edigar é Edigar e o apelido dele é Degas). Edgar Degas foi
um pintor francês conhecido sobretudo pela sua visão particular no mundo do
ballet, sabendo captar os mais belos cenários.
Já
conversei com algumas pessoas que simplesmente igualam o ser humano aos outros
animais em todos os termos, não reconhecendo a capacidade de discernimento e
raciocínio superior da raça humada. Quando visito museus, em especial estes
últimos, fico pensando que todos deveriam visitá-los. Os animais não são
capazes de fazer tudo isso que os seres humanos fazem, estas coisas tão lindas.
Há quem poderia dizer: “Mas para quê? Se eles precisassem fariam!”. O ser
humano também não precisa fazer nada disso, mas é realmente um deleite para a
alma ver que Deus nos deu a capacidade de ser tão criativos e de construir
coisas tão bonitas! É fato também que o mesmo ser humano que constrói tudo
isso, mata em nome de ideais baratos e destrói sua própria espécie em troca de
poder, mas essa é outra história.
Bom,
ficamos em torno de quatro horas dentro do Louvre. Tiramos muitas fotos, mas
tenho que admitir que estávamos apanhando bastante na regularem da câmera
devido à diferença de iluminação de cada lugar. Mesmo assim foi maravilhoso.
Acho que posso dizer que não me impressionei apenas com a Monalisa. Eu tinha uma ideia tão fantasiada para vê-la que fiquei um tantinho decepcionada. Quando entramos na sala, era fácil identificar onde estava o quadro pelo acúmulo de pessoas em frente a ele. Demorei uns 10 minutos para conseguir chegar lá. Mesmo quando consegui havia muita gente (em especial japoneses com suas câmeras profissionais supermodernas) empurrando e apertando para tirar fotos em frente à Monalisa ou da Monalisa. Além da quantidade de pessoas havia a distância máxima de aproximação entre as pessoas e o quadro. Ele possui um vidro blindado, um espaço de mais ou menos um metro e uma barreira de contenção, depois disso mais meio metro e outra barreira. Ou seja, o quadro é pequeno, possui um vidro e uma grande distância, além do amontoado de gente te empurrando. Acaba que não conseguimos apreciá-lo ou olhar para ele muito tempo. Mesmo assim tem a simples emoção de tê-lo visto. É quase um contentamento descontente, como diria o poeta.
Estávamos
aguardando um casal de amigos que chegaria à Paris nesse dia. Quando eles nos
ligaram já havia se esgotado as 4 horas que tínhamos previsto e ainda não tínhamos
percorrido todo o museu. Deixou um gostinho de quero mais. Resolvemos ir
embora, afinal tínhamos uma Paris inteira nos esperando lá fora.
Saímos do Louvre e fomos em direção ao Jardim de Tuilieres, e de lá já era possível avistar nosso alvo final do dia, o Arco do Triunfo. A caminho de Tuilieres passamos pela ponte dos cadeados. Existem inúmeros cadeados presos à ponte. Reza a lenda que os casais apaixonados devem escrever seus nomes no cadeado, prender à ponte e jogar a chave no rio.
O
Jardim de Tuilieres é um parque parisiense situado entre o museu do Louvre e a
Praça La Concorde, que passaríamos a seguir. Estamos no início da primavera,
então não o encontramos tão bonito quanto eu havia visto nas fotos. As árvores
ainda estavam secas, começando a desabrochar timidamente as flores. A ideia era
descansar um pouco das quatro horas caminhando dentro do museu e conversar a respeito das obras.
Eu
estava sem muitas opções de calçados para utilizar na viagem e, o que eu havia
escolhido estava me matando, talvez também por acúmulo de cansaço da caminhada
do dia anterior a esse. A Verônica, amiga que havia chegado a pouco na cidade com
o marido e se juntado a nós no passeio, estava tão cansada quanto eu. Mesmo
assim fomos caminhar.
É
interessante ver as alternativas encontradas pela população para a falta de
praia. No dia anterior estava absurdamente frio, porém nesse estava um clima
bem agradável, com um solzinho pra esquentar ainda. Os parques contam com
cadeiras e bancos espalhados por toda a sua extensão. As pessoas colocam as
cadeiras ao redor do chafariz e ficam ali tomando aquele solzinho, bem à
vontade. Em algumas épocas, inclusive, utilizando biquínis e/ou sungas.
O que me incomodou um pouco é, que as estradas do parque são de terra, quase areia, que vão sujando o calçado por toda a extensão. Quando atravessamos o parque, minha bota que originalmente é preta estava branca de poeira. Mas tudo bem, estamos em Paris e não vamos nos estressar. =D
Ao
atravessar o Jardim de Tuilieres chegamos à Praça La Concorde.
A
Praça é a maior da cidade, e a segunda maior do país. É palco de importantes
acontecimentos da história francesa. Ao centro possui o Obelisco de Luxor, que é um milenar obelisco
egípcio de 23 metros de altura, retirado do Templo de Luxor. A principal
particularidade da Praça La Concorde é que ela é delimitada pelo “vazio” em
três lados (contrariamente à maior parte das praças que são delimitadas por edifícios
de todos os lados): os Campos Elísios, o Jardim das Tuilieres e o Rio Sena.
Foi lá que encontrei artistas realizando o mesmo tipo de trabalho que é muito comum em Curitiba, a "estátua viva". A diferença é que lá as pinturas eram dourada e bronze.
Foi lá que encontrei artistas realizando o mesmo tipo de trabalho que é muito comum em Curitiba, a "estátua viva". A diferença é que lá as pinturas eram dourada e bronze.
Saindo
da Praça estamos no início da Avenida Champs Elysèes, que tem 71 metros de largura
por 1,9 km de comprimento, iniciando-se na junto ao Obelisco
de Luxor e termina na praça Charles de Gaulle, onde está o Arco do Triunfo. É
uma prestigiada avenida, com os seus cinemas, cafés, lojas de especialidades
luxuosas e árvores de castanheiros-da-índia, e uma das mais famosas ruas do
mundo e com aluguéis que chegam a € 1,1 milhão por ano, ela continua a ser a
segunda avenida mais cara em imóveis em toda a Europa, tendo sido ultrapassada em
2010 pela Bond Street, em Londres.
A
Verônica e eu estávamos exaustas, nossos calçados nos matando. Paramos para
comer um tradicional crepe francês. Delicioso. O modo de preparo e a aparência são
diferentes do que conhecemos no Brasil. Em minha opinião é muito mais saboroso,
justamente devido à mudança no preparo. Mas também podia né, foi inventado
aqui.
Resolvemos
procurar um lugar para comprar um tênis. Levamos um susto. Os preços eram
exorbitantes, ou no mínimo não cabia em nosso bolso. Resolvemos ir até o fim do
dia sofrendo mesmo.
Olhamos
uma loja, olhamos outra e nos estressamos muito com o Edigar e o Leandro
(marido da Verônica) que ficavam parando o tempo todo para admirar e tirar fotos
de ferraris, lamborghinis e correlatos. E queriam pagar aluguel pra andar
10 minutos (90 euros). Ainda bem que existem as mulheres na vida dos homens
para segurar a onda... hehe
Aconteceu
uma situação um pouco constrangedora. Entramos na loja da Lacoste à procura de
um tênis (só estávamos encontrando modelos com solado reto, e a essa altura
queríamos algo que absorvesse mais impacto). O segurança da loja, após
entrarmos, foi se esgueirando até o fim do corredor. Sentimos que era para nos
vigiar. Foi bem desconfortável. Mesmo assim, preferimos fingir que não era
conosco, procurar uma vendedora e pedir o que precisávamos. É claro que não
compramos nada. Será que foi porque nossos calçados estavam sujos da poeira do
Jardim de Tuilieres? Nunca vou saber.
Passamos
em frente a um Mc Donalds e resolvemos parar para comer. Lá, já não aguentando
mais meus pés e sem aproveitar o passeio, a Verônica me deu a solução. Ela e o
marido estavam com as malas, pois haviam chegado à cidade e ido direto para os
passeios, para poupar tempo. Ela estava com um par de chinelos que havia
trazido. Quando sentamos para comer ela (que não os quis usar) emprestou-os a
mim. Mais que depressa tirei minhas botas coloquei em uma sacola e calcei os
chinelos.
Fiquei
feliz da vida com meus pés descansados. Comemos e fomos terminar nosso passeio.
O que aconteceu depois foi bem peculiar. Todas as pessoas, ou praticamente
todas, olhando para meus pés. Parecia que eu estava utilizando pantufas ou
algum calçado de neon que atraia a atenção de todos, inclusive das crianças. Essas,
mais sinceras que adultos, chegavam a apontar e mostrar para seus pais que
coisa estranha era aquela! Alguém utilizando chinelos na Champs Elysèes. Esse alguém
era eu, felicíssima com meus pés confortáveis. Foi assim até chegar ao hotel,
alguns apenas olhando e outros apontando. Comecei a participar. Quando via
alguém olhando eu virava, levantava o pé na direção dos olhos da pessoa até
que essa ficasse constrangida, desse uma risadinha amarela e parasse de olhar.
Acho que tirei de letra.
Ao
final da Champs Elysèes, chegamos ao Arco do Triunfo, um monumento construído
em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, que ordenou sua
construção em 1806. Inaugurado em 1836, a
monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em
sua base, situa-se o Túmulo do soldado desconhecido (1920).
Estava acontecendo algum evento militar embaixo dele, por esse motivo sequer
nos demos ao trabalho de atravessar a rua para vê-lo de perto.

Eu e meus chinelos nada populares |

Saindo dali, fomos direto rumo à Torre Eiffel, pois ainda era cedo e nossos amigos queriam visitá-la (e nós esperávamos que ela acendesse enquanto estivéssemos lá). O clima estava mais agradável naquele dia, mas novamente não aguentamos esperar pelo anoitecer. Saímos da torre por volta das 9 da noite e nada.
![]() |
Leandro, Verônica, Eu e Edigar |
Fomos
descansar, pois amanhã teríamos mais!
Eita Nandinha, só você mesmo hem....rsrsrsrsr Fiquei imaginando a cena de todos te apontando o dedo para seus pés....kkkkk e essa ultima foto então? toda agasalhada, de luva nas mãos e com o chinelão no pé!!!!rsrs....Saudades Maninha....:)
ResponderExcluirkkkkk
ExcluirFazer o que neh! Primeiro o conforto, depois a moda.. hahaha
Até tentei segurar a onda, mas foi muito pra mim... kkk
Beijo grande minha irmã!