sexta-feira, 14 de junho de 2013

Belfast, Ballintoy (Carrick-a-Rede Rope Bridge), Bushmaills (Giants Causeway) e Drogheda (03/Jun/2013) – Feriadão no Norte da Irlanda

Acordamos cedo para iniciar nosso último dia de aventuras. Tomamos nosso café na rua mesmo, enquanto procurávamos uma loja de gifts aberta. Compramos nossas lembranças da cidade (por aqui cada um tem um tipo de tradição: tem que queira um moleton de cada cidade que passar, tem quem queira uma camiseta, um globinho com o nome da cidade, uma placa, uma bandeira, um chaveiro e, no meu caso, um imã de geladeira).



Carrick-a-Rede Rope Bridge (Ballintoy)
Fomos em direção à Carrick-a-Rede Rope Bridge, uma famosa ponte de cordas perto Ballintoy na Irlanda do Norte. Ela se estende por 20 metros e está a 30 metros acima das rochas. A ponte é principalmente uma atração turística e é mantida pelo National Trust. Em 2009 teve 247 mil visitantes. A ponte está aberta durante todo o ano (sujeito a intempéries) e as pessoas podem cruzá-la pagando uma taxa. Rege a lenda que pescadores de salmão foram erguendo a ponte durante cerca de 300 anos, porém ela foi restaurada e é muito segura, apesar de causar bastante medo nos turistas.

A vista é fantástica, principalmente quando o tempo ajuda. Infelizmente quando chegamos encontramos muita neblina, o que impossibilitava que nossas fotos ficassem ainda mais bonitas.


















Inicialmente, após escutar muitas estórias sobre a ponte e o quanto eu poderia sentir medo ao cruzá-la, resolvi vê-la primeiro, antes de comprar o ticket para cruzá-la. Quando chegamos finalmente à ponte após aproximadamente um quilômetro de caminhada, não achei tão assustadora assim. O local para comprar os tickets fica um pouco distante da entrada da ponte, juntando-se ao fato de que ninguém mais me acompanharia ao outro lado da ilha. Resolvi então que apenas apreciaria a vista. Ainda assim, é incrivelmente bonito o local.

Giants Causeway (Bushmaills)
Saímos en direção aos Giants Causeway (a Calçada dos Gigantes), um conjunto de cerca de 40.000 colunas prismáticas, encaixadas como se formassem uma enorme calçada de pedras gigantescas, formadas pela disjunção de uma grande massa de lava resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 60 milhões de anos. Foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1986 sob o nome de "Calçada dos Gigantes e sua Costa", e como Reserva Natural em 1987.

A Calçada dos Gigantes, também é conhecida, de uma forma peculiar graças à capa do álbum Houses of the Holy, da banda britânica de rock Led Zeppelin.

A atividade vulcânica nessa área fez a rocha derretida subir através de fendas no calcário, com temperatura média de mais de 1000̊C. Quando entrou em contato com o ar,ela se resfriou e se solidificou. O magma se encolhia à medida que se resfriava lentamente e, por causa de sua composição química, fendas hexagonais regulares se formaram na superfície. Enquanto o magma continuava a se resfriar por dentro, as fendas desciam gradualmente, formando a grande quantidade de colunas de basalto semelhantes a lápis.

Segundo uma lenda irlandesa um gigante chamado Finn MacCool queria enfrentar numa luta um gigante escocês chamado Benandonner, mas havia um problema: não existia uma embarcação com tamanho suficiente para atravessar o mar e levar um ao encontro do outro. MacCool resolveu o problema construindo uma calçada que ligava os dois lados, usando enormes colunas de pedra. Benandonner aceitou o desafio e viajou pela calçada ate à Irlanda. Ele era mais forte e maior do que MacCool. Percebendo isso a esposa de Finn MacCool, de forma muito perspicaz decidiu vestir seu marido gigante como um bebê. Quando Benandonner chegou à casa dos dois e viu o bebê, pensou: “Se o bebê deste tamanho, imagine-se o pai!”, e fugiu correndo de volta para a Escócia. Para ter certeza de que não seria perseguido por Finn MacCool destruiu a estrada enquanto corria, restando apenas as pedras que agora formam a Calçada dos Gigantes.






































Bom, toda essa história e lendas à parte, o lugar é incrível. Difícil não pensar que àquele lugar não foi realmente construído por pessoas. As pedras realmente não parecem ser resultado da natureza e de seus fenômenos. Caminhamos pelo local por cerca de algumas horas, subimos uma escada com 162 degraus e voltamos com a sensação de dever cumprido! Um lugar maravilhoso para uma aventura de final de semana.

Museu Titanic
Saindo de lá fomos em direção ao  maior museu dedicado ao Titanic no mundo, que abriu suas portas em Belfast em 2012. O edifício tem seis andares e abriga exposições que contam toda a história do transatlântico, desde sua construção até o seu naufrágio, ocorrido há 100 anos, que deixou mais de 1.500 mortos, sendo que a embarcação tinha 2.200 passageiros.

O novo museu dedicado ao navio não tem objetos de época. Tudo é novo, recriado como os originais, do mobiliário às louças, e os efeitos especiais e experiências em terceira dimensão levam o visitante à lenda. Ao visitar o museu, o público pode conhecer reproduções fieis dos mais diversos ambientes do Titanic, como as cabines de primeira e segunda classe. Exposições multimídia, relatos detalhados sobre o naufrágio e vídeos que mostram o interior da carcaça do navio no fundo do mar também fazer parte do cardápio.










O museu foi erguido às margens do rio Lagan, no exato local onde funcionava o estaleiro Harland and Wolff, que construiu o Titanic. Um dos objetivos do empreendimento é, segundo o governo local, atrair mais turistas para a Irlanda do Norte, país pouco buscado por pessoas que visitam o Reino Unido.

Não ficamos muito animados em entrar no museu, por isso deixamos a visita para o final do dia, quando já teríamos feito nossos outros passeios e estaríamos a caminho de casa. O prédio é bem moderno e bonito e, todas os seus lados lembram a ponta de um grande navio.

O Muro da Paz de Belfast
Ainda tentamos encontrar o muro da Paz em Belfast. Ao procurá-lo, passamos por ele muitas vezes sem saber e fomos embora acreditando que não o havíamos encontrado. A Irlanda do Norte passa por conflitos desde que a República da Irlanda tornou-se independente. Foram tantos conflitos, tantos os mortos, que o governo decidiu construir um muro separando católicos e protestantes para minimizar os conflitos, muro este construído na década de 70 a 90. É um muro de 7 metros de altura que se estende por quilômetros e foi construído de forma a tentar evitar que a população continuasse a se matar em nome de Deus.

Ainda hoje, após um acordo de paz firmado em 1998, a população vive dividida e o muro persiste de pé. A cidade vive dividida, com bandeiras irlandesas de um lado e inglesas de outro. O local acabou se tornando uma “atração” turística, talvez por ser um lado obscuro da Europa, principalmente por envolver o Reino Unido, uma das maiores potências do continente. O fato é que vimos esse famigerado muro por toda Belfast, com suas pinturas e frases que ainda remetem ao conflito e fomos embora sem saber que àquele era "o muro".



Drogheda
Já a caminho de casa, passamos por várias pequenas cidades da Irlanda e por estradas charmosíssimas. Paramos em uma cidadezinha bem simpática chamada Drogheda, numa pausa para um sorvete e banheiro. A essa altura já eram quase 9 horas da noite e o sol ainda raiava. Se tivéssemos mais tempo talvez pudéssemos caminhar um pouco para conhecer a pequena cidade, mas estávamos cansados e queríamos chegar em casa.




Continuamos nosso percurso e passamos por lugares muito bonitos. Após mais de 4 meses morando em Dublin já não a considero tão bonita quanto quando cheguei (coisas do tipo "a grama do vizinho é mais bonita"). Ainda assim, quando saio do centro ou mudo de cidade, tenho que admitir que essa pequena ilha tem muito mais a oferecer para quem tiver a coragem de desbravá-la.


Fizemos nossa parte e, nessa aventura conhecemos o norte da Irlanda, cidadezinhas encantadoras e acolhedoras, que nos deixa imensamente felizes quando não encontrando brasileiros conseguimos nos comunicar em inglês sem maiores problemas.


Agora temos que planejar nossa aventura ao sul da Irlanda. Até lá! =D

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