Nosso
último dia de passeio antes de retornarmos à Dublin era a cidade de Versalhes, uma
cidade francesa, situada de nove a dez quilômetros de Paris.
Havia pesquisado com antecedência e encontrado que a melhor opção para chegar à
Versalhes era através do RER-C, uma espécie de trem urbano (bem lento) que
possui diferentes rotas. Acredito que pegamos na direção errada, pois passadas
quase duas horas de percurso ainda não havíamos chegado ao local.
Em
um determinado momento, pensei ter lido que estávamos na estação Versalhes e
dei um salto, levando o Edigar comigo, para fora do trem. Infelizmente o que eu
havia lido era a placa com o destino dos trens, o que nos fez precisar de meia
hora de muita paciência em um lugar totalmente deserto até que viesse outro
trem.
Ao
chegarmos à estação, descobrimos que precisaríamos pagar o ticket na saída
dessa vez, ao contrário do que acontecia nas outras estações de Paris. E o
pior, era um valor equivalente a três ou quatro vezes o ticket normal. Pois
bem, estávamos ali para ver Versalhes e iríamos ver.
Versalhes
Versalhes é uma cidade artificial, criada a partir do zero com a vontade do rei Louis XIV, e foi a sede do poder político para um século, a partir de 1682 a 1789, antes de se tornar o berço da Revolução. É hoje uma cidade de setores residencial e de serviço nas proximidades do subúrbio de Paris, mais conhecida pelo seu castelo, o famoso palácio de Versalhes, seus jardins, museus nacionais, monumento na lista do patrimônio mundial da UNESCO e do destino turístico de primeiro plano.
Versalhes é uma cidade artificial, criada a partir do zero com a vontade do rei Louis XIV, e foi a sede do poder político para um século, a partir de 1682 a 1789, antes de se tornar o berço da Revolução. É hoje uma cidade de setores residencial e de serviço nas proximidades do subúrbio de Paris, mais conhecida pelo seu castelo, o famoso palácio de Versalhes, seus jardins, museus nacionais, monumento na lista do patrimônio mundial da UNESCO e do destino turístico de primeiro plano.
Após
todo esse tempo entre trem e hotel já estava na hora do almoço, então
resolvemos parar em algum restaurante com comida típica e relaxar. Paguei um
valor consideravelmente alto para comer carne (dura) no espetinho com frango e
legumes e uma porção de batatas, acompanhado com vinho rosê. O Edigar teve mais
sorte ao escolher a comida no cardápio em francês, pegou lasanha de batatas e
tomou a tradicional cerveja. Estava delicioso, mas não vi nada de diferente na
comida. Comemos e fomos em direção ao Palácio.
O Palácio de Versalhes é um castelo real localizado na cidade de
Versalhes. Em 1837 o castelo foi transformado em museu de história. O palácio está
cercado por uma grande área de jardins, uma série de plataformas simétricas com
canteiros, estátuas, vasos e fontes trabalhados. Como o parque é grande, um
trem envidraçado faz um passeio entre os monumentos e, também é possível alugar
um pequeno carro para se locomover pelos jardins.
Especificamente
no castelo pudemos visitar muitos dos cômodos que foram transformados em museu,
contando a história e relembrando o mobiliário e decoração daquele tempo.
Quando saímos para o jardim realmente nos impressionamos. É um lugar enorme, praticamente impossível de ser percorrido a pé. Ao sairmos aos jardins vimos uma fila gigante para esperar pelo trem que faz vista panorâmica e resolvemos caminhar. Apenas após sairmos caminhando que descobrimos o carro, mas não nos empolgamos em voltar todo o trajeto percorrido para fazer a locação.
É um
lugar belíssimo, com a grama, as árvores e as flores cuidadosamente colocadas e
cortadas de forma a decorar e os jardins formando belos desenhos, que
provavelmente quando admirados do alto ficam ainda mais bonitos. As estátuas e
chafarizes dão um show à parte, com sua exuberância e harmonia com o jardim.
Caminhamos entre as flores e jardins, entramos em um labirinto e nos refrescamos nas lojinhas no meio do percurso. Chegamos ao lago aonde poderíamos fazer um passeio de barco (que não nos nos animou muito devido à caminhada e ao cansaço do dia anterior) e/ou um piquenique na grama. Nesse ponto nos arrependemos muito em não ter locado o carro para percorrer o local, pois as pernas já não respondiam mais e não estávamos sequer na metade do caminho.
Decidimos que ali seria o final da nossa aventura, tínhamos toda a volta do percurso a fazer e o cansaço no dominara por completo. Para se ter uma ideia, deixei o Edigar sentado em um banco para que eu pudesse ir ao banheiro, quando retornei ele estava literalmente dormindo. Decidimos que era o fim. Desse lugar maravilhoso teríamos que desfrutar mais em outra oportunidade, pois nessa estávamos esgotados.
Fizemos
nosso percurso de volta e retornamos ao nosso hotel. A propósito, existe um
outro trem na estação de Versalhes que não o RER-C (não me recordo o nome da
linha) que chega ao centro de Paris em apenas 20 minutos, muito melhor do que o
trajeto que fizemos para ir. Chegamos ao hotel ainda era dia, o que não nos
impediu de tomar nosso banho e nos deleitar nas maravilhas de um sono
reparador... Apenas após um primeiro descanso pudemos começar nossa tortura:
arrumar as malas.
A Tortura do Limite de Bagagem
Estávamos com quatro malas, pois havíamos comprado duas em Londres (que estavam bem baratas, diga-se de passagem). Poderíamos apenas levar uma mala cada um, pois tínhamos limitação de bagagem.
Estávamos com quatro malas, pois havíamos comprado duas em Londres (que estavam bem baratas, diga-se de passagem). Poderíamos apenas levar uma mala cada um, pois tínhamos limitação de bagagem.
Um parêntesis:
quando saímos de Dublin estava realmente muito frio, o que nos inspirou a trazer
conosco dois casacos cada. O primeiro dia de passeio ficamos muito felizes por
tê-los trazido, porém nos dias que se seguiram não fez muito frio.
Então
estávamos com muito bagagem extra e precisávamos de alguma forma levá-la
embora. Tínhamos sacos para compactar, mesmo assim não estávamos tendo muito
sucesso, pois o nosso problema não era exatamente volume, mas sim peso. A mala
do Edigar estava pesando 12 kg e a minha estava com 13 kg. Tínhamos 5 kg extra
sem contar os quatro casacos que não couberam na mala de jeito algum...
Colocamos
os casacos na terceira mala que tínhamos e resolvemos arriscar. No dia
seguinte, dia do voo, acordamos em cima do horário de saída, então apenas
pegamos nossas coisas e saímos (tenho que dizer que ficaram para trás algumas
coisas de grande estima, que na pressa o Edigar esqueceu de colocar na mala...
mas nada que não possa ser substituído).
Chegando
ao aeroporto resolvemos arriscar com nossos 5 kg extra, mas como esperado fomos
avisados no check-in que deveríamos nos livrar desse peso. O atendente
inclusive nos sugeriu que tirássemos algumas roupas e vestíssemos (mal sabia
ele que possuíamos uma terceira mala com casacos amontoados um sobre o outro
para vestir). Tenho que dizer ainda que abandonamos nossa terceira mala lá, no
aeroporto, após vestirmos nossos casacos e finalizarmos nossos ajustes. Tomei o
cuidado de deixá-la aberta, para que não pensassem ser uma bomba ou algo do
tipo.
Resultado:
cada um de nós com dois casacos bem pesados e muitos gifts nos bolsos. Foram
para os bolsos: guarda-chuvas, moedas, chaveiros, o big ben, a torre eiffel e
tudo mais que cabia até que casa mala ficasse com nada mais que 10 kg. Bem
vindos às maravilhas de viagem que apenas a Ryanair te proporciona!
Ao entrar
no avião, com meia hora de atraso (e muito calor devido à quantidade de
roupas), tiramos todo o excesso e retornamos às malas, assim como muitos outros
no avião. Realmente não entendi qual o propósito desse controle tão rigoroso,
sendo que no corpo é permitido levar tudo que puder ser pendurado de alguma
forma em você. Pelo menos pudemos trazer tudo que gostaríamos sem precisar
pagar uma taxa absurda de excesso de bagagem.
Lições tiradas com essa trip:
- Viagem muito longa não te permite desfrutar ao máximo cada lugar, pois o cansaço te impede de "curtir" os locais como você gostaria;
- Leve apenas o essencial em qualquer viagem, pois você certamente vai voltar com coisas que não utilizou e ainda vai precisar de todo o espaço extra da ida para as lembranças da volta;
- Leve sempre calçados bem confortáveis, pois a melhor forma de conhecer cada lugar e sua essência é caminhando;
- Não seja "mão-de-vaca". Desfrute cada lugar e compre as coisas que você tem vontade. Algumas oportunidades são únicas;
- Viajar é deliciosamente cansativo;
- Não pegue um "pulgueiro" de hotel para descansar. Uma boa noite de sono é o que vai te garantir um dia de passeio produtivo;
- Viajar com a Ryanair te faz muito feliz no momento de compra das passagens, mas te deixa muito insatisfeito com o valor dos transfers para o aeroporto e com a quantidade de bagagem permitida. Ainda assim te permite boas histórias.
Foi esse o fim da nossa aventura. Uma hora e meia de voo e estávamos em “casa” novamente, ansiosos por poder realizar mais e mais aventuras como essa.
- Viagem muito longa não te permite desfrutar ao máximo cada lugar, pois o cansaço te impede de "curtir" os locais como você gostaria;
- Leve apenas o essencial em qualquer viagem, pois você certamente vai voltar com coisas que não utilizou e ainda vai precisar de todo o espaço extra da ida para as lembranças da volta;
- Leve sempre calçados bem confortáveis, pois a melhor forma de conhecer cada lugar e sua essência é caminhando;
- Não seja "mão-de-vaca". Desfrute cada lugar e compre as coisas que você tem vontade. Algumas oportunidades são únicas;
- Viajar é deliciosamente cansativo;
- Não pegue um "pulgueiro" de hotel para descansar. Uma boa noite de sono é o que vai te garantir um dia de passeio produtivo;
- Viajar com a Ryanair te faz muito feliz no momento de compra das passagens, mas te deixa muito insatisfeito com o valor dos transfers para o aeroporto e com a quantidade de bagagem permitida. Ainda assim te permite boas histórias.
Foi esse o fim da nossa aventura. Uma hora e meia de voo e estávamos em “casa” novamente, ansiosos por poder realizar mais e mais aventuras como essa.
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