Começamos
cedo nossos passeios do dia, já que havíamos dormido dentro do carro e a noite
não tinha sido das melhores. Acordamos e seguimos rumo aos Cliffs of Moher.
Cliffs of Moher
Chegamos
lá por volta das 4:30 da madrugada e já havia amanhecido. Oficialmente o local
abre para visitação às 9 da manhã, mas como não é um local fechado, pudemos
tê-lo com exclusividade. Quando saímos de lá, por volta das 7:30 da manhã, os
primeiros funcionários começavam a chegar para o trabalho.
Como
não poderia deixar de ser, o lugar é incrível. Ver o sol se levantar no
horizonte e trocar o vermelho do céu pelo azul claro é uma sensação
indescritível. Ao contrário do que aconteceu na última vez que estivemos lá, não
estava ventando e o mar estava calmo. A sensação era de completa paz. Nosso
passeio não poderia ter sido melhor, em boa companhia e num lugar espetacular.
Resolvemos
continuar nosso trajeto e a próxima parada era a cidade de Sligo, que fica
localizada na cosa oeste da ilha e que é menor apenas que Galway.
Sligo
Sligo
é um destino amigável com praias, colinas e florestas e várias opções de
atividades de lazer. É famosa por seus mitos e lendas da antiga Irlanda, que
ainda celebra. O município está repleto de sítios arqueológicos. Restaurantes
arqueológicos e históricos oferecem uma grande variedade de frutos do mar, bem
como pratos especiais, acompanhados por cervejas refrescantes e bons vinhos. Sligo
abriga uma riqueza de festivais e eventos durante todo o ano.
Estivemos
em Sligo apenas de passagem, paramos em um restaurante escolhido ao acaso, que
por sinal agradou muito. Um lugar aconchegante e com boa comida. Ainda pudemos
carregar nossos celulares e câmeras (já que o fato de termos passado a noite
dentro do carro não nos permitiu tal ação). Após o almoço, enquanto o Edigar e
o Leandro (nossos motoristas) dormiam mais um pouco, a Verônica e eu resolvemos
arriscar uma voltinha pelas lojas da região. Foi inevitável se perder na
Penneys, uma loja que existe em Dublin e conquista o coração de muitas
mulheres.
Pausa para a Foto. Ops... sobrou o Fio Dental! kkk |
Belfast
Após
a pausa para o almoço e descanso, partimos em direção a Belfast, a maior cidade
e capital da Irlanda do Norte, sendo a segunda maior cidade na ilha da Irlanda.
Belfast tem sido a capital da Irlanda do Norte desde sua criação em 1921. Uma
vez que começou a surgir como cidade principal no século XVIII também tornou-se
tristemente sede de conflitos entre Católicos (agora chamados de nacionalistas) e Protestantes (frequentemente chamados de
leais). O mais recente episódio destes conflitos ocorreu de 1969 até aos finais
dos anos 1990.
A Irlanda
do Norte é uma nação constituinte do Reino Unido, a única não-situada na Grã-Bretanha. Localiza-se,
como seu nome sugere, no norte da Ilha da Irlanda, dividida com a República da
Irlanda, um país independente e soberano.
A
Lei do Governo da Irlanda de 1920,
aprovada pelo parlamento do Reino Unido fez da Irlanda do Norte uma entidade
política autônoma em 1921. Confrontado com exigências divergentes de nacionalistas irlandeses e unionistas
para o futuro da ilha da Irlanda (os primeiros queriam um parlamento autônomo que governasse toda
a ilha, os segundos não queriam nenhuma autonomia), e temendo uma guerra civil
entre os dois grupos, o governo britânico aprovou a lei, criando duas Irlandas
com autonomia interna: a Irlanda do Norte, que continuaria sob o domínio do
Reino Unido, e a República da Irlanda (também conhecida como Eire),
independente.
Bom,
explicada um pouquinho da história desse novo pequeno país, vamos aos passeios.
Chegamos à Belfast já no final do dia de domingo e, resolvemos procurar uma
acomodação, já que não estávamos dispostos a passar outra noite dentro do
carro. Andamos um pouco pelas ruas do centro e encontramos um hostel bem apresentável
e com um preço razoável, o Titanic Hostel. Pedimos um quarto para quatro
pessoas e nos colocaram em um com 10 camas, já explicando com antecedência que
seríamos apenas nós no quarto.
Acomodação
garantida, saímos para caminhar um pouco. Tanto em Belfast como em Dublin e
qualquer cidade na Irlanda, as lojas, com raras exceções fecham às 6 da
tarde. Ao chegarmos estava quase tudo fechado e apenas pudemos contemplar as
ruas e monumentos das cidades. Após isso fazer um lanche antes de retornar ao
hostel.
Belfast
é uma cidade deveras interessante. Começa com o sotaque: muito mais difícil de ser
entendido do que os irlandeses ou qualquer outro que já escutei. Lembra muito o
estilo londrino com algumas coisas remetendo à Dublin. É realmente uma mistura
de Irlanda com Inglaterra, inclusive a população, muitos à favor da Irlanda
com suas bandeiras Irlandesas penduradas e outros à favor da coroa com suas
bandeiras da inglesas hasteadas.
Fiquei
um pouco decepcionada quando entrei em uma loja de gifts. Esperava encontrar
artigos típicos da Irlanda do Norte, lembrancinhas de todos os tipos. Consegui sair
com uma camiseta de Belfast e um chaveiro que acabei perdendo depois. Quase
todos os itens, incluindo mapas e bandeiras remetiam à Irlanda. Os mesmos
produtos que encontro em Dublin e região. Não consegui sequer descobrir qual é
a bandeira da Irlanda do Norte. Mas tudo bem, o restante da cidade compensou.
Finalizamos
nosso dia assim, com um bom lanche, um bom banho e o merecido descanso.
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