segunda-feira, 18 de março de 2013

Conhecendo o Famoso Temple Bar


"Temple Bar" Bar - o mais conhecido do local
Conhecemos muitos brasileiros na nossa escola, parece que os brasileiros realmente gostam de Dublin. Existem em média 20 mil brasileiros vivendo em Dublin, entre legais e ilegais. Um desses brasileiros, nosso colega de classe (o Gilson), nos ajudou muito em nossos primeiros dias (esse era o papel da nossa agência de intercâmbio, mas esse pessoal é melhor vendendo os pacotes do que cumprindo contratos). Levou-nos para fazer o PPS (permissão para trabalho), nos deu as dicas para abrir a conta no banco, tirar o GNIB (comprovante de legalidade no país) e as dicas de como ir e vir pela cidade. Foi um grande amigo mesmo.

Edigar e Eu no "The Mezz"
Muitos no Brasil nos orientaram e alertaram para ficar longe de brasileiros em Dublin, pois caso contrário, nunca iríamos aprender inglês. É impossível ficar longe de brasileiros. São os brasileiros que nos ajudam com a documentação, os brasileiros que nos ajudam a encontrar moradia, os brasileiros que nos indicam para possibilidades de trabalho e negócios, os brasileiros que se tornam a nossa família longe de casa. É fato que com isso temos que triplicar ou quadruplicar os estudos, indo nas aulas de conversação na biblioteca, indo nas aulas extras aos sábados, nos virando sozinhos nos comércios. Tudo que for possível para vivenciar a experiência do idioma é válido, pois é possível - para quem queira - comunicar-se apenas em português, mas não foi pra isso que viemos né!


Nossa Primeira vez no local
Foi o Gilson também que nos apresentou o Temple Bar. É uma área situada no centro de Dublin. Ao contrário de outras áreas circundantes, o Temple Bar preservou a sua planta medieval, com muitas ruas estreitas e empedradas. É promovido como o bairro cultural de Dublin e possui uma vida noturna apelativa para os turistas. 


Ruas Tradicionais do Temple Bar


        É provável que o seu nome seja derivado da família Temple, que ali vivia no século XVII. Por outro lado, poderia ter recebido o seu nome como imitação do Temple Bar de Londres. Qualquer que tenha sido a sua origem, o nome aparece pela primeira vez num mapa de 1673. Durante o século XIX, a popularidade da área foi decrescendo lentamente e no século XX sofria de decadência urbana, com muitos edifícios devolutos. A sua falta de popularidade salvou-o provavelmente dos construtores civis de Dublin, que destruíram grande parte da arquitetura histórica da cidade nos anos 60. Nos anos 80, uma empresa estatal de transportes propôs a aquisição e demolição da área, para construir um terminal de autocarros. Durante a fase inicial do projeto, os prédios adquiridos foram alugados por rendas baixas, o que acabou por atrair pequenas lojas, artistas e galerias. Protestos por parte da direção do tesouro da Irlanda, dos residentes e dos comerciantes viriam a conduzir ao cancelamento do projeto da construção da estação e o governo irlandês acabaria por criar uma empresa sem fins lucrativos para promover a regeneração da área. 

Feiras aos Sábados
        Temple Bar alberga diversas instituições culturais e, após o anoitecer, é um centro importante de vida noturna, com muitos bares e restaurantes. Recentemente foram renovadas duas praças, onde o mercado do livro tem lugar aos Sábados e Domingos.



Nós com amigos no "The Gym"

        Num primeiro momento fomos à procura de comida brasileira. Tem um bar que serve comida brasileira diariamente e aos sábados serve feijoada. Após mais de uma semana comendo sanduíches, era esta a melhor refeição do mundo. Acabamos conhecendo o que é a tal da “pint” que todos por aqui falam. Nada mais é do que uma medida, um copo com medida padrão de 500 ml. Em todos os bares, e também a maioria das latas, as cervejas são vendidas com essa medida. O pessoal aqui não costuma parar na primeira não. É realmente muita bebida pra um corpo só. Após muitos relatos de exageros com a bebida aqui na Irlanda existem várias ações para incentivar a moderação do consumo, como restrição dos horários de venda, proibição de consumo nas ruas e campanhas de conscientização, mas não tem dado muito resultado.

Caminhada no Sábado
Eu particularmente não achei nada de mais nesse lugar. Muitos bares (muitos mesmo), muitas pessoas bêbadas (aqui ninguém se importa com o fiasco. As mulheres vão às ruas com as menores roupas que encontram para depois ficarem nuas quando bêbadas), ruas e bares lotados. Talvez pela falta de opções de entretenimento ou apenas porque a bebida seja uma tradição irlandesa, os bares abrem todos os dias, e todos os dias estão cheios. Ainda para piorar as coisas, recentemente fala-se muito de uma onda de assaltos por essa região, nada comparado ao Brasil, é verdade, mas para um lugar onde nunca houve, já é muito.

Trabalho do Edigar - Rickshaw
Aproveitando-se do movimento diário, uma nova profissão foi criada por aqui, a de rickshaw. O Rickshaw é uma espécie de taxi, porém de bicicleta, onde as pessoas são transportadas de um bar para o outro ou para algum lugar próximo às suas casas. É um trabalho na maioria executado por brasileiros e o Edigar também entrou nessa. Ele vai todas (ou quase) as noites e fica até umas 5 da manhã. É possível ganhar em média 80 euros por noite trabalhada, mas em vários dias não se ganha nada. Paga-se o aluguel de 100 euros semanalmente para utilizar a bicicleta.

É esta nossa experiência no Temple Bar. De vez em nunca damos uma passada por lá, apenas para interagir um pouco com os amigos e voltamos pra casa. Nosso dinheiro está sendo reservado pra coisas mais úteis, como a manutenção da nossa permanência aqui e também para quem sabe fazer algumas viagens pela Europa.


Indo para o Temple Bar


Por hoje foi isso. Temple Bar, a mais famosa região da cidade. Eu passo.

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